Umbanda e o Desenvolvimento Humano

Desde o princípio do desenvolvimento da consciência a humanidade busca evoluir através do autoconhecimento, da observação, da busca por aquilo que está além dos cinco sentidos físicos.

Por Samuel Correiah

Quem dirá ao tempo quantas rezas já vibraram e ainda vibrarão na chama de uma vela, através de um clamor aflito ou agradecido?

A fé que se manifesta no coração umbandista, inflama o amor e a entrega genuína do indivíduo que busca o aprimoramento individual através do respeito ao coletivo.

Orixás, guias e mentores, alicerçam a coragem do povo do branco, do santo, da paz e das sete linhas, aqueles que entregam suas lágrimas nas cachoeiras diante de oxum, mas ao mesmo tempo estão firmes na força e na razão de xangô que sustenta e equilibra a cada filho de fé.

Desde o princípio do desenvolvimento da consciência a humanidade busca evoluir através do autoconhecimento, da observação, da busca por aquilo que está além dos cinco sentidos físicos.

 A percepção espiritual é ampliada através do trabalho feito na consciência que cada um alcança de acordo com a própria caminhada nessa vida.

Desde o princípio do desenvolvimento da consciência a humanidade busca evoluir através do autoconhecimento, da observação, da busca por aquilo que está além dos cinco sentidos físicos.

Eis então a Umbanda! Um caminho de fé, caridade, amor, respeito, solidariedade e liberdade.

O templo interno se reflete no templo externo através da consciência e da atitude.

A vida humana é a simbiose entre Olorum e a própria natureza onde tudo se reflete de dentro para fora e de fora para dentro e onde todo panteão sagrado se assenta e fundamenta a fé que desperta entre inúmeras qualidades o amor e o respeito á vida.

Onde está o universo particular de cada um se não na mente e no coração?

Partindo deste ponto, qual a melhor forma de alicerçar a construção de um ser social se não ampliando a sua percepção latente de que é ele o principal agente transformador da sua realidade através de suas palavras, atitudes, ações, atuações e da sua própria consciência?

Riscar ponto, acender vela e intermediar duas dimensões não é um ato de entretenimento pacifico e muito menos terapia ocupacional, mas sim, um movimento importante que busca nortear, organizar e nutrir as virtudes daqueles que em seus níveis individuais de ser, são capazes de impactar a realidade externa através da fé, do amor e da caridade.

O que ofertaríamos á Olorum ou aos orixás se não a nossa devoção?

A melhor de todas as oferendas está dentro do coração, quando conseguimos abrir mão dos nossos egoísmos e sacrificamos a nossa vaidade em nome de um amor maior, eis que a magia de umbanda acontece e ela trás o desenvolvimento humano.

E então não existem mais rótulos, seguimentos, intolerância ou presunção, apenas a fé e o amor. Este é o real sentido daquele que busca o desenvolvimento humano nos átrios sagrados da umbanda.

A simplicidade da umbanda não faz dela uma religião simplória e sem liturgia e fundamentos muito bem estruturados.

A liberdade que a umbanda oferece não tem nada a ver com falta de responsabilidade.

E entre um fator e outro temos uma infinidade de informações que são absorvidas primeiramente como conhecimento e que se transformam em sabedoria de acordo com a assimilação e as práticas ao longo da caminhada do umbandista.

Praticar a fé é um ato de consciência que resulta no desenvolvimento pessoal quando bem equilibrado, pois sempre oferece um longo caminho a ser percorrido e mesmo caminhando muito, não há de faltar folego ou pernas para aquele que busca o desenvolvimento humano através da fé.

Saravá Umbanda

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